INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL - Três meses para concluir quatro frentes de obra no IP3
Há já vários troços do IP3, entre o Nó de Penacova e a
Ponte da Foz do Dão, em que a circulação automóvel já se faz sobre novo tapete
de asfalto.
António
Rosado – Diário As Beiras
A partir de hoje o troço de 1,8 quilómetros, entre o
cruzamento de Mortágua (Vila Nancy) e a referida ponte, também passa a ser
percorrido em novo piso, mas apenas nas faixas da direção Coimbra-Viseu, com o
trânsito de ambos os sentidos a partilhar as duas faixas, contando com pinos
provisórios de separação.
Assim as máquinas passam a operar nas faixas contrária, ao
longo de cerca de mês e meio, em trabalhos de reasfaltamento.
Três estabelecimentos de restauração e hotelaria são
diretamente afetados pelos condicionamentos naquela zona: Lagoa Azul, Vila
Nancy e Restaurante A Lampreia. O sócio-gerente deste restaurante, Vitor
Vitorino, disse ontem ao jornal que, “desde
que começaram as obras e, principalmente desde que o trânsito foi interrompido
devido ao desmoronamento das terras junto a Penacova, o negócio quebrou cerca
de 20%”, acrescentando que, “o restaurante
já funciona há 20 anos, mas nos últimos dez anos tem sido vítima das
ocorrências do IP3, desde as obras da antiga ponte, até à construção da atual,
interrupções de circulação e agora as obras”. Ponte da Foz do Dão foi
subdimensionada
Na sua opinião, o IP3 é uma estrada desatualizada e as obras que estão a decorrer não vão melhorar muito porque, por exemplo, a nova ponte da Foz do Dão tem uma largura de apenas uma faixa para cada lado, como se o IP3 fosse uma estrada nacional normal sem o fluxo de trânsito que realmente tem.
José Martins, motorista de veículos pesados desde o ano
2000, faz o trajeto diariamente, em ambos os sentidos, entre Tondela e Coimbra.
Afirma que já se habitou à sinalização das obras, reduzindo a velocidade e
demorando mais 10 minutos no trajeto habitual. Constata que, “embora o piso vá ficar muito melhor, se
calhar até vai ficar mais perigoso, porque as curvas continuam apertadas e a
tentação de aumentar a velocidade é muito grande”.
Quatro
pontos de obras
Ao longo da empreitada que está a ser realizada para a
requalificação do troço do IP3 entre a proximidade do Nó de Penacova (km 59) e
o Nó do Lagoa Azul, (km 75) havia ontem, pelo menos, quatro grandes pontos com
máquinas em manobras, desvios e supressão de vias. Nos segmentos da estrada
onde existem cruzamentos, torna-se ainda mais difícil para os automobilistas
seguir a sinalização provisória que está no terreno.
Registe-se o caso especial do desvio de trânsito, ao
longo de cerca de três quilómetros, para uma estrada secundária da zona de
Porto da Raiva, no sentido Viseu-Coimbra.
A empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP)
reconhece os “incómodos e inconvenientes
que esta situação provoca”, garantindo que está a “contribuir para a melhoria das condições de segurança da infraestrutura
e fundamentalmente dos seus utilizadores”.
Prazo de conclusão fixado é até abril
A empreitada de requalificação de 16 quilómetros teve
início no passado mês de maio de 2019, com um valor de 11,8 milhões de euros e
um prazo de execução de 330 dias, o que implica a conclusão dentro de três
meses, se os prazos forem cumpridos.
Contempla a construção de dois novos nós de ligação
(Oliveira do Mondego e Cunhedo), eliminando cruzamentos, e requalificação do
caminho existente sob a Ponte do Mondego, em articulação com o Nó de Oliveira
do Mondego. Está também a ser reforçada a estabilidade de taludes com a
colocação de estruturas de suporte em betão, pregagens e redes de contenção,
bem como sistemas de drenagem.
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