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REGIÃO DE COIMBRA - Autarcas defendem reforço da União Europeia perante a covid-19



Os autarcas da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) estão convictos de que a união e a cooperação entre países se torna ainda mais importante perante uma crise, como aquela que a covid-19 está a provocar.

Maria Inês Morgado – Diário As Beiras

Os presidentes dos municípios foram convidados a associar-se ao Dia da Europa, que foi assinalado no passado sábado, e a partilhar o seu testemunho em vídeo, divulgado pelo Centro Europe Direct Região de Coimbra.

Nunca como hoje é tão nítido esse sentido e essa união entre povos e entre países com esta covid-19”, que José Carlos Alexandrino, presidente da CIM-RC e do Município de Oliveira do Hospital, designa como “o maior desafio desta geração contemporânea”.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno, também partilhou algumas palavras: “a Comissão Europeia teve um papel fundamental e terá sempre ainda mais nos tempos difíceis que estamos a viver, que serão sempre difíceis porque nunca sabemos o dia de amanhã”. No entanto “vários teremos sempre mais força do que um sozinho”, acredita.

Nas crises, a cooperação tem de estar presente

Miguel Baptista, presidente da Câmara de Miranda do Corvo, acredita que “é nas crises que a cooperação entre os povos tem de estar mais presente”, pelo que os ideais que estão na fundação da União Europeia vão prevalecer no combate ao coronavírus.

Para Mário Loureiro, presidente do Município de Tábua, a União Europeia é “um projeto que nos dá a possibilidade de estarmos sempre unidos, como é o caso, neste momento, no combate a uma pandemia em que a União Europeia está ao nosso lado como esteve ao nosso lado nos incêndios de 2017 e nas outras catástrofes”. O autarca sublinha que é a este projeto que “nós todos devemos” o desenvolvimento a que Portugal assistiu desde 1985.

Projeto europeu continua a fazer sentido

O projeto europeu continua a fazer sentido, mas se continuar a haver um espírito solidário e de cooperação”, alerta HelenaTeodósio, presidente da Câmara de Cantanhede. Para mais, a união dos países que contribuiu para a consolidação da democracia em Portugal deve estar “assente em valores comuns”, defende. A autarca sustenta também que “a Europa tem de encontrar o equilíbrio entre as dimensões económica, social e ambiental”.

A presidente da Câmara de Góis, Lurdes Castanheira, sublinha também a importância de uma integração europeia “que se caracteriza pelo pluralismo, pela segurança, pela justiça, pela solidariedade e pela não-discriminação” e destaca a necessidade de a Europa continuar a ser promotora “em todos os Estados-membros, de desenvolvimento sustentável, do progresso técnico e científico, assim como da coesão económica, social e territorial”.

União contra o populismo e contra o medo

Uma Europa unida e solidária” ajuda a enfrentar a “pandemia que nos assola, que nos inquieta, que nos traz de facto o medo ao de cima”, concorda Nuno Moita. Para além disso, o autarca de Condeixa-a-Nova acrescenta a necessidade de uma Europa próxima e que sabe responder “aos anseios das pessoas”. “Contra os populismos que avançam (infelizmente) temos de ter uma Europa forte e unida”, acredita.

Carlos Monteiro, vicepresidente da CIM-RC e presidente da Câmara da Figueira da Foz, partilha dessa ideia: “em conjunto, devemos pugnar por uma política una e verdadeiramente solidária, que mostre a todos os europeus que o populismo e a demagogia são inimigas da democracia e da liberdade”.

Luís Antunes, presidente do Município da Lousã, espera da União Europeia “uma resposta substantiva, adequada, para que todos possamos recuperar desta crise sanitária e da crise económica e social que essa crise sanitária originou”. Afinal, “temos hoje uma perspetiva de futuro que seria completamente diferente sem a nossa integração na União Europeia e no espaço europeu”, recorda o edil.

Espaço comum de História e Solidariedade *

Humberto Oliveira, presidente do Município de Penacova, destaca o papel da História e da Solidariedade. O autarca penacovense acredita na Europa como “um espaço comum de cultura, economia e até financeira, que nos permite fazer parte de um espaço político de liderança à escala global, onde os valores da história, cultura e dos direitos humanos são aqueles que, no futuro, vão trilhar o desenvolvimento dos projetos de desenvolvimento económico e social” europeus.

*Texto nosso acrescentado ao original, por se tratar do Presidente do Município de Penacova




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