COVID 19 - Alunos devem ser organizados por grupos para não se cruzarem nas escolas
Os alunos que regressem ao regime de aulas presenciais devem
ser organizados por grupos para se cruzarem o menos possível no espaço escolar,
usar sempre máscaras e desinfetar as mãos à entrada e saída da escola.
Numa orientação publicada no seu ‘site’, a Direção-Geral da
Saúde (DGS) diz que a cada grupo de alunos deve ser atribuída uma zona da
escola e que cada sala de aula deve ser usada pelo mesmo grupo de estudantes,
para impedir a contaminação por covid-19.
O distanciamento físico (1,5 a dois metros) deve ser mantido
fora e dentro da sala de aula, com as secretárias dispostas o mais possível
junto das paredes e janelas, evitando que os alunos fiquem de frente uns para
os outros.
As salas e outros espaços interiores usados pelos alunos
devem ser ventilados, de preferência abrindo janelas e portas. Caso seja usado
ar condicionado, deve optar-se pelo modo de extração e nunca pelo de
recirculação do ar.
A DGS diz ainda que, os espaços não necessários à atividade
letiva, como os bufetes/bares, salas de apoio, salas de convívio de alunos e
outros, devem ser encerrados.
“Se, por motivos de garantia de equidade, for necessário
disponibilizar o acesso à biblioteca ou à sala de informática, estas devem
reduzir a lotação máxima e dispor de uma sinalética que indique os lugares que
podem ser ocupados de forma a garantir as regras de distanciamento físico.
Devem também ser higienizadas e desinfetadas após cada utilização”,
acrescenta.
A DGS insiste na importância da desinfeção de superfícies
para prevenir a transmissão da covid-19 em ambientes comunitários, lembrando
que o vírus SARS-CoV-2, que provoca a doença, “pode sobreviver em diferentes
superfícies, durante horas (cobre e papelão) a alguns dias (plástico e aço
inoxidável)”.
Sublinha que as medidas adicionais de limpeza de desinfeção
nas escolas devem abranger laboratórios, salas de informática, salas de aula,
bibliotecas, salas de professores, refeitórios, instalações sanitárias e áreas
de isolamento e que o plano de higienização de cada escola deve definir o que se
limpa, quando, com que produtos e quem é que limpa, deve ser do conhecimento
dos profissionais envolvidos e estar afixado em local visível.
Para aumentar a capacitação do pessoal não docente
responsável pela limpeza e desinfeção do edifício escolar e pela gestão de
resíduos, deverá ser acautelada, sempre que possível, “formação por parte do
grupo nacional do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos
Antimicrobianos (PPCIRA), bem como das Forças Armadas, no âmbito das ações de
desinfeção e sensibilização que estão a ocorrer”, define a DGS.
Se algum caso suspeito for identificado na escola, deve ser encaminhado para a área de isolamento que as escolas devem ter e deve ser
contactada a linha Saúde 24.
O regresso às aulas em regime presencial, que arranca no dia
18 de maio, abrange os alunos dos 11.º e 12.º anos (apenas disciplinas com
exame nacional) e os dos 2.º e 3.º anos dos Cursos de Dupla Certificação do
Ensino Secundário.
A tutela já tinha enviado no início do mês orientações às
escolas que, entre outras medidas, indicavam que as aulas das diferentes
disciplinas de cada turma devem ser concentradas no período da manhã ou da
tarde para evitar que as turmas tenham tempos livres entre aulas.
Estas orientações da Direção-Geral dos Estabelecimentos
Escolares (DGEstE) não definem um limite máximo no número de alunos por turma,
mas preveem normas para a disposição das salas de aula, que devem ser “amplas
e arejadas”, estabelecendo que cada secretária seja ocupada por apenas um
aluno.
Caso o número de alunos da turma e as dimensões das salas
impossibilitarem o cumprimento desta regra, as escolas poderão dividir as
turmas e recorrer, para esse efeito, “a professores com disponibilidade na
sua componente letiva”.
A DGEstE prevê ainda que, “caso esta ou outra via não
sejam viáveis, pode ser reduzida até 50% a carga letiva das disciplinas
lecionadas em regime presencial, organizando-se momentos de trabalho autónomo
nos restantes tempos”.
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