FINANÇAS - Humberto Oliveira junta-se ao coro de protestos contra o encerramento das finanças
À voz crítica do social-democrata, junta-se Humberto Oliveira, autarca de Penacova, também preocupado
O presidente da Câmara da Pampilhosa
da Serra, o social democrata José Brito, rejeitou o eventual encerramento da repartição
de Finanças do concelho e pediu «alguma sensibilidade » ao Governo para tal não
acontecer. «Não temos alternativa próxima», disse José Brito, tendo em conta
que os balcões de Finanças de dois concelhos vizinhos, Arganil e Góis, poderão
igualmente fechar, numa parcela do território nacional onde a desertificação não
cessou nas últimas décadas.
Por seu turno, o presidente da Câmara
de Penacova, Humberto Oliveira (PS), alertou que o provável encerramento de repartições
de Finanças, de Norte a Sul, contribuirá «para cavar cada vez mais o fosso entre
o litoral e o interior» do país.
O Diário de Notícias (DN) divulgou ontem
um mapa da reorganização dos serviços de Finanças, que o Governo alegadamente está
a preparar, concebido pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos com base no
cruzamento de diversos dados. No distrito de Coimbra, segundo aquela fonte,
além dos municípios de Penacova e Pampilhosa da Serra, também poderão fechar as
repartições de Arganil, Condeixa, Miranda do Corvo, Penela, Góis e Mira, num
total de oito. «Somos portugueses e pagamos impostos como os outros », disse o
autarca da Pampilhosa da Serra, evitando tomar uma posição definitiva sobre a
questão «enquanto não tiver a certeza» sobre o que está previsto para o
concelho.
José Brito Dias disse que, nos próximos
dias, vai contactar o secretário de Estado das Finanças e o director-geral dos Impostos «para tentar
perceber» o futuro da repartição local de Finanças.
Em Penacova, segundo Humberto
Oliveira, a autarquia «vai apresentar soluções alternativas» ao Governo para evitar
o encerramento da repartição da vila. «Será possível racionalizar e garantir ao
menos alguns serviços em Penacova», defendeu.
O autarca do PS revelou que, na
semana passada, enviou um ofício ao director-geral dos Impostos a expressar
«preocupações que não são novas» nesta matéria. «Há nisto uma irracionalidade enorme»,
afirmou, ao dar os exemplos das repartições de Finanças da Pampilhosa da Serra,
Arganil e Góis, no interior montanhoso do distrito
de Coimbra, que integram a lista dos
balcões que se prevê sejam encerradas, segundo o mapa divulgado pelo DN.