FENGE aproxima empresas e futuros engenheiros
Mais de três mil pessoas, em
especial estudantes de Engenharia de todo o país, são esperados a partir de
hoje e até quarta-feira no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)
naquela que é já a 16.ª edição da FENGE – Feira de Engenharia de Coimbra.
Aproximar das empresas os
futuros engenheiros, em especial os que estão a terminar os seus cursos,
abrindo-lhes portas para o mercado de trabalho é o grande objectivo deste
certame, inaugurado hoje, às 14h30, tendo, nesta edição, representadas mais de
40 empresas nacionais e internacionais, prontas para dar a conhecer a sua
actividade, mas também para aproveitar, através de recrutamento, o potencial
dos estudantes, nas várias áreas da Engenharia.
«O grande foco da FENGE é
trazer ofertas de emprego aos estudantes de Engenharia, mostrando-lhes o que
têm ao dispor quando entrarem no mercado de trabalho», resumiu João Oliveira,
presidente da Associação de Estudantes do ISEC, entidade que é, desde a
primeira edição, responsável pela organização da FENGE, fazendo dela, não só a
«maior promotora da cidade, no que diz respeito à vasta e alargada área de
formação não formal ligadas às várias engenharias», mas especialmente «a maior
Feira de Engenharia organizada por estudantes em Portugal».
Este título tem trazido
prestígio ao certame e um interesse cada vez maior das empresas para estarem
presentes, nos três, ou apenas num dia da feira, como acontece nesta edição.
Algumas, como sublinhou João Oliveira, são já de antigos alunos do ISEC que,
após participarem na FENGE enquanto alunos, «fazem questão de estar presentes»,
até para fazerem recrutamento de novos elementos para os seus quadros.
«Temos notado cada vez mais
adesão de empresas e um bom feedback da sua participação», continuou o
dirigente, sublinhando que, apesar de não ser com a frequência desejada, há
«casos de sucesso», de finalistas de Engenharia, nomeadamente do ISEC que,
participando na FENGE, acabam recrutados por empresas presentes.
É esta dinâmica que se
espera nos próximos três dias, em que além da visita aos 40 stands, e um
programa cultural e de animação (ver texto nesta página), há que contar com
duas dezenas de palestras, que incluem sessões de recrutamento, apresentações
de várias empresas e debates, sobre temas tão variados como “Sociedade
Empresarial ligada à Engenharia”, “Engenharia e Saúde”, “A melhor forma de
saber gerir” ou “A importância da Engenharia para a Sociedade e para o Mundo”
que, encerra, aliás, esta edição do certame.
«São essencialmente
palestras ligadas ao empreendedorismo, nas suas várias vertentes», explicou
João Guimarães, coordenador do Gabinete de Emprego e Saídas Profissionais da
AEISEC e da organização da FENGE. Na sessão de abertura da feira, que incluirá
visita aos stands da feira, participarão, além de João Oliveira e João
Guimarães, Jorge Barbosa, o presidente do ISEC (parceiro na organização da
feira) e ainda um representante do IPC.
FENGE
nasceu há 24 anos como NOVATEC
Nasceu como NOVATEC, em
1992/1993, pela mão da AEISEC para responder à necessidade de «divulgar o mundo
da engenharia, dando a conhecer a empresas e seus responsáveis o tipo de
formação ministrada» no ISEC e voltou a organizar-se no ano seguinte, como o
mesmo nome. Após um interregno de seis anos, a AEISEC voltou a querer promover
uma feira que fosse um elo de ligação entre as empresas e a comunidade do ISEC
e assim nasceu a FENGE - Feira de Engenharia. Também ela teve algumas
interrupções (a última foi em 2015), mas ao longo do tempo foi-se afirmando,
como sublinha Jorge Barbosa, presidente do ISEC, como uma «prova da resiliência
das diferentes gerações de estudantes que têm passado pelo instituto e pela
AEISEC». Hoje, «mais do que uma feira», a FENGE, «é um exemplo da capacidade de
iniciativa» de quem a organiza, como o responsável crê que ficará provado nesta
edição.
Ana Margalho - Diário de Coimbra