ACESSIBILIDADES - Candidatos do PSD querem nova ligação Coimbra-Viseu a sul do Mondego



Os candidatos do PSD a seis câmaras do distrito de Coimbra defenderam hoje que a futura ligação de Coimbra a Viseu por autoestrada deverá passar a sul do rio Mondego, atravessando o concelho de Vila Nova de Poiares.

Para os candidatos, que estavam na companhia do presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do partido, Maurício Marques, a concretização do traçado a sul do rio Mondego "é da maior justiça intelectual para quem defende a maior coesão" entre o litoral e o interior.

"As acessibilidades a sul do distrito de Coimbra carecem de melhorias", sendo a opção por aquela alternativa, apoiada pelos presidentes de oito municípios da região, do PSD e do PS, "a forma mais exímia de as concretizar", segundo o documento hoje divulgado, numa conferência de imprensa realizada em Vale do Tronco, no limite dos concelhos de Poiares e Penacova.

Pedro Coelho, candidato social-democrata à presidência da Câmara de Vila Nova de Poiares nas eleições de 01 de outubro, realçou que a passagem da nova autoestrada a sul do Mondego, rumo a Viseu, em detrimento de uma solução a norte deste rio, "é uma solução suprapartidária e supraconcelhia" que irá "colmatar a falta de coesão" territorial da região.

Tal como os demais representantes das candidaturas do PSD ou lideradas por este partido, em Arganil, Tábua, Góis, Penacova e Vila Nova de Poiares, o candidato à Câmara da Lousã, Joaquim Lourenço, deu o seu aval a este traçado da via que deverá substituir o atual Itinerário Principal 3 (IP3).

Mas Joaquim Lourenço disse que os candidatos do PSD da Lousã "reivindicam um nó perto da variante de Foz de Arouce" à estrada nacional (EN) 236, que entronca na EN17.

Os candidatos presentes e Maurício Marques, deputado do PSD, salientaram que o traçado sul da via Coimbra - Viseu "é mais curto" e tem "um menor impacto ambiental", contribuindo para viabilizar a A13, que tem tráfego reduzido, além de evitar redundâncias, permitir uma ligação direta ao nó do IC6, na zona da albufeira da Aguieira, e garantir "mais sustentabilidade" ambiental.

A nova ligação "deve estar isenta de portagens", a fim de "atenuar os custos da interioridade".

Na quinta-feira, o ativista Pedro Curvelo, ex-líder do PSD da Lousã, que há vários anos intervém no debate das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias na zona, apoiou a opção da Infraestruturas de Portugal e do Governo pelo traçado sul da futura autoestrada.

"A variante de Foz de Arouce tem de seguir em frente", havendo necessidade de construir um nó, perto da Ponte Velha, concelho da Lousã, para que a autoestrada possa ser igualmente uma alternativa à atual Estrada da Beira.

Curvelo, antigo vereador da Câmara da Lousã, reclamou o mérito de ter "levado a IP a mudar o projeto" com a proposta que apresentou há dois anos, no âmbito da consulta pública da então chamada Via dos Duques.

Esta alternativa é a que "melhor responderá às dificuldades que se acumularam ao longo dos anos ao nível das acessibilidades" na região, preconizaram também, no dia 21 de agosto, os presidentes das câmaras de Poiares, Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra e Penela, num documento dirigido à IP.

Hoje, no encontro com os jornalistas em Vale do Tronco, participaram também os candidatos do PSD Luís Paulo Costa (Arganil), Rui Sampaio (Góis) e António Simões (Penacova), além de Nuno Pereira, em representação do candidato Fernando Tavares Pereira (Tábua).

Agência Lusa