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ALERTA - BE preocupado com alegados problemas de segurança na Barragem da Agueira



Em comunicado, a comissão coordenadora distrital de Viseu do BE refere ter comprovado "que a albufeira da Barragem da Aguieira está em níveis muito baixos, nomeadamente no rio Dão, o que é estranho depois de duas depressões (Elsa e Fabian) que ocorreram nesta região no final do ano 2019, bem como após a precipitação que se seguiu".

O BE refere-se a eventuais falhas de segurança "no sistema hidráulico do Baixo Mondego e nos diques afetados pelas cheias".

Podemos concluir que reduziram o volume das barragens no rio Mondego (Aguieira e Fronhas) para prevenir eventuais novas cheias e para terem mais capacidade em caso de chuva intensa, o que já veio receber a crítica da CAP (Confederação dos Agricultores Portugueses), que alerta para a falta de água no setor da agricultura, acrescenta.

Segundo o BE, há também "que ter em conta que as celuloses usam por ano mais de 38 mil milhões de litros de água do rio Mondego (empresas localizadas no município da Figueira da Foz), segundo dados do Ministério do Ambiente e da Ação Climática".

No entender do BE, "esta atitude é bastante inconsequente", porque se não chover bastante haverá "um problema sério de falta de água para o abastecimento público".

Por outro lado, "a movimentação de caudal (devido ao esvaziamento abrupto da barragem) não deve ser benéfico para o ecossistema ribeirinho, fauna, flora e para as atividades piscatórias e turísticas", considera.

Neste âmbito, o BE quer saber "que medidas pretende o ministério tomar para acautelar o correto funcionamento da albufeira e mitigar os perigos decorrentes das tempestades do final do ano passado".

A Barragem da Aguieira situa-se nos limites dos municípios de Penacova (distrito de Coimbra) e Mortágua (distrito de Viseu).


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