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POESIA - Tons de Azul




O sonho é azul
Azul de mar, esbranquiçado de claro
Quase transparente
Azul da mente
Que nos serve de amparo
Persistente
O Céu é azul
Quase branco nos dias de sol
Mais desmaiado nos tempos do caracol
Ou quando a truta morde, lá em baixo, no anzol
O Vale é esverdeado de tão azulado e é profundo
Dá esperança à vida futura
Tem perfume inebriante
Traz-nos revêrie do passado a sorrir
Fazendo esquecer, simplesmente, a falta de sentir
O Rio é azul
Cor da alegria que corre na sua água
Fria
Por vezes pincelada de tons
Que a fazem parecer mais escura
E a nossa Casa é Azul
De hortense, de lavanda ou de petúnia
Símbolos bons da nossa união com a natureza
Azul de todos nós, conjugado
Pintado na gratidão
De podermos olhar para este céu estrelado
Com sofreguidão
Como se fosse um painel empírico
Até onírico
Em paz com a harmonia da paisagem
... Qual exaltação da beleza...e da viagem!

Luís Pais Amante
Casa Azul (foto Pedro Viseu)
28Jun20; 11h00

A propósito das “partilhas dos passados” que a minha Psicanalista convoca na sua entrega à nossa relação e à nossa Casa.

3 comentários:

  1. Que a casa esteja sempre cheia de vida e poesia!

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  2. Meu sonho…

    Meu sonho azulado
    Que eu sinto por aqui
    Já ouvi em qualquer lado
    Para eu passar um bom bocado
    No azul que ali eu vi

    Era um rio que eu sonhava
    Um rio que de azul passava a verde
    E eu quanto mais via mais amava
    Esse rio que a água me dava
    Para matar a minha sede

    Descia desde a casa até ao rio
    Ia cumprimentando as amizades
    É que eu disso não me rio
    Pelo contrário até sinto frio
    De não dizer estas verdades

    Lá em cima dependurada
    Lá estava essa casa com beleza
    E via na janela a minha amada
    A coisa por mim mais adorada
    Podem crer era uma certeza

    Tinha fome, tinha paixão
    Por esse rio abençoado
    Penacova que ilusão
    Nesta minha satisfação
    Para passar o meu bocado!

    Armindo Loureiro – 03/07/2020 – 23H00

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  3. Belíssimo poema, caro Luís. Parabéns! Continuas a surpreender-me com a tua veia literária, que as vestes de empresário escondiam. Desta feita o tema mexe comigo não fosse eu filho destas ilhas do azul atlântico... Um grande abraço e bom fim de semana!

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