INCÊNDIOS - Equipamentos da ADESA vão integrar dispositivo nacional de proteção civil
Ao intervir em Penacova, após ter visitado uma exposição de
máquinas de prevenção e combate a fogos rurais, numa iniciativa da Associação
de Desenvolvimento Regional da Serra do Açor (ADESA), que reúne seis concelhos
do distrito de Coimbra (Penacova, Arganil, Góis, Oliveira do Hospital,
Pampilhosa da Serra e Tábua), José Artur Neves assegurou que esta organização
multimunicipal tem condições para ser contemplada com ajudas comunitárias do
Programa Nacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).
No final da sessão, o governante salientou à agência Lusa a
importância de promover um trabalho conjunto na área da proteção civil,
designadamente na prevenção e combate aos incêndios rurais, "numa lógica intermunicipal, com que se
ganha escala" e que permite mais eficácia na ação.
A necessidade de obter apoio financeiro da Administração
Central para renovar e garantir maior operacionalidade ao parque de máquinas da
ADESA foi defendida por diversos responsáveis locais, como a presidente da
associação e da Câmara Municipal de Góis, Maria de Lurdes Castanheira.
Este conjunto de meios de utilização partilhada por seis
municípios "deve ser integrado no
dispositivo nacional" de proteção civil, preconizou.
A autarca do PS, que cumpre um terceiro mandato na Câmara
de Góis, evitou fazer mais um pedido ao Governo, observando que "já lá vai o tempo do chapéu na mão".
Na sua opinião, cabe ao executivo de António Costa
disponibilizar meios financeiros "para
renovar um pouco o parque de máquinas" da ADESA, coordenada por
António Catela, antigo presidente social-democrata da Junta de Freguesia de São
Paio de Mondego, no concelho de Penacova, que também usou da palavra.
Anualmente, o funcionamento do parque de máquinas da ADESA
envolve custos na ordem dos 300 mil euros, suportados apenas pelos municípios
associados, embora esses meios sejam frequentemente requisitados pelo Estado e
por outras autarquias da região.
"Este é um
modelo que me agrada e que partilho", afirmou José Artur Neves, ao
elogiar a ação da ADESA, numa "lógica
integrada que tem dado bons resultados".
Na sequência da reprogramação do Portugal 2020, serão
disponibilizados sete milhões de euros de financiamento comunitário para
aquisição de máquinas de arrasto, através do POSEUR, a que podem candidatar-se
as comunidades intermunicipais (CIM) e entidades multimunicipais, como a ADESA,
disse.
"Defendo que a
ADESA tenha também" essa possibilidade, sublinhou José Artur Neves.
Segundo as suas previsões, Portugal "terá dentro de pouco tempo uma outra
resposta" mais eficaz na área da proteção civil, com enfoque na
resolução dos problemas da floresta e na prevenção e combate aos incêndios.
O secretário de Estado da Proteção Civil rejeitou "capelinhas daqui e de acolá" no
setor e defendeu que a Autoridade Nacional de Proteção Civil deve ser dotada de
"um corpo de profissionais que
atravesse todos os governos", sem necessitar de "uma barriga de aluguer", como
considerou a Escola Nacional de Bombeiros.
Intervieram ainda no programa Humberto Oliveira, presidente
da Câmara de Penacova, o vereador Vasco Santos, Vasco Viseu, segundo comandante
dos Bombeiros Voluntários locais, e o vice-presidente da CIM da Região de
Coimbra, José Carlos Alexandrino, que é também presidente da Câmara de Oliveira
do Hospital.
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