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Serviço de Finanças de Penacova, com ordem para encerrar





Com se não bastasse o encerramento do tribunal, o governo prepara-se para encerrar o serviço de finanças de Penacova, cavando assim mais fundo o fosso que nos separa dos centros urbanos e acentuando ainda mais o nosso isolamento. 


Independentemente
das poupanças que tais encerramentos possam significar para os cofres
do Estado, não é aceitável que tudo aquilo que tenha condições para o
ser, deva ser substituído pela eficácia das novas tecnologias,
esquecendo-se aqueles que implantam tais reformas, da necessidade que há
em manter serviços centrais do Estado, o mais próximos possível do
cidadão, mesmo que para isso seja necessário aceitar a existência de uma
despesa que nunca será, nem poderá vir a ser, evitada tão só porque é
necessário implementar, cada vez mais, políticas de proximidade de forma
a que não se hipoteque o futuro das localidades onde pouco mais existe para além desses mesmos serviços os quais contribuem de sobremaneira, para a
fixação de pessoas e, por arrastamento, de comércio, indústria e
serviços.


Não se pode admitir, sob
pena de nos tornarmos meros executantes de um poder excessivamente
centralizado, que retirem dos concelhos onde se encontram instalados há
séculos, serviços que, pela sua natureza, são sinónimo de soberania e
identidade para com a nação onde nascemos e vivemos. 

Não se pode admitir que ao Estado
excessivamente e insuportavelmente despesista, se imponha um Estado
mínimo e miserabilista, que se demita das suas funções mais básicas de
apoio às populações, onde qualquer cidadão a ele pode aceder, através de
um qualquer terminal de multibanco, sob pena de nos transformarmos em
meros contribuintes, sem que dessa contribuição surja algum retorno para
benefício do concelho onde gostamos (e teimamos) em continuarmos a fazer a nossa vida, com a nossa família.


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