PATRIMÓNIO - Livro do Apocalipse do Mosteiro do Lorvão já faz parte da Memória do Mundo da UNESCO
Um livro do Apocalipse, à
guarda do Arquivo Nacional Torre do Tombo, propriedade do Mosteiro do Lorvão,
em Penacova, onde foi iluminado, foi considerado Memória do Mundo pela UNESCO,
disse à Lusa fonte da autarquia de Penacova.
De acordo com a Humberto Oliveira, este é o único livro do Apocalipse – o último livro do Novo Testamento - iluminado no mosteiro do Lorvão, entre os 22 que existem no Mundo.
Com 66 gravuras, é também o único considerado Memória do Mundo pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que o considera um dos “mais belos documentos da civilização medieval ocidental”.
“A riqueza que emana do Mosteiro de Lorvão vem agora a ser ainda mais reconhecida através da classificação pela UNESCO do livro bíblico do Apocalipse, livro único e singular no mundo, que almejou a distinção Memória do Mundo e que se encontra conservado no cofre-forte da Torre do Tombo”, disse o presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, à agência Lusa.
Para o presidente do município, “este é um momento que orgulha todos os penacovenses e que permite a oportunidade de abrir conjuntamente as janelas do concelho a quem quer visitar toda a diversidade patrimonial, histórica e, agora, que integra a Memória do Mundo”, sintetizou.
A vereadora da Cultura, Fernanda Veiga, disse também à agência Lusa que esta é uma “notícia muito boa para Penacova e para Lorvão”.
De acordo com a Humberto Oliveira, este é o único livro do Apocalipse – o último livro do Novo Testamento - iluminado no mosteiro do Lorvão, entre os 22 que existem no Mundo.
Com 66 gravuras, é também o único considerado Memória do Mundo pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que o considera um dos “mais belos documentos da civilização medieval ocidental”.
“A riqueza que emana do Mosteiro de Lorvão vem agora a ser ainda mais reconhecida através da classificação pela UNESCO do livro bíblico do Apocalipse, livro único e singular no mundo, que almejou a distinção Memória do Mundo e que se encontra conservado no cofre-forte da Torre do Tombo”, disse o presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, à agência Lusa.
Para o presidente do município, “este é um momento que orgulha todos os penacovenses e que permite a oportunidade de abrir conjuntamente as janelas do concelho a quem quer visitar toda a diversidade patrimonial, histórica e, agora, que integra a Memória do Mundo”, sintetizou.
A vereadora da Cultura, Fernanda Veiga, disse também à agência Lusa que esta é uma “notícia muito boa para Penacova e para Lorvão”.
“É uma janela de oportunidade
para Penacova. O turismo religioso é uma aposta do executivo para esta zona do
Lorvão. Penso que, com toda a dinâmica que o executivo tem colocado no
desenvolvimento de todo o património material e imaterial do Lorvão, este
reconhecimento do livro do Apocalipse é uma janela de oportunidade para a
promoção deste vasto património. Pretendemos, de uma vez por todas, [que]
Lorvão seja colocado na rota do turismo nacional, como há muitos anos merece”,
disse.
Uma história que remonta a 1189
De acordo com a Câmara de
Penacova, em 1189, um monge beneditino que esteve no mosteiro do Lorvão (monge
Egas), fez 66 iluminuras para ilustrar o Apocalipse. No mundo, existem apenas
22 destes livros iluminados, de acordo com a mesma fonte.
Em 1853, depois da extinção das ordens religiosas, o historiador Alexandre Herculano andou pelos mosteiros do país a recolher documentos que considerava importantes para a história de Portugal e, no Lorvão, encontrou este livro do Apocalipse, tendo-o levado para a Torre do Tombo, em Lisboa, onde ainda se encontra.
Numa das guardas escreveu: “Documento de extrema importância para a história do país”.
Em 1853, depois da extinção das ordens religiosas, o historiador Alexandre Herculano andou pelos mosteiros do país a recolher documentos que considerava importantes para a história de Portugal e, no Lorvão, encontrou este livro do Apocalipse, tendo-o levado para a Torre do Tombo, em Lisboa, onde ainda se encontra.
Numa das guardas escreveu: “Documento de extrema importância para a história do país”.
Em 2014, a Torre do Tombo
candidatou o livro a Memória do Mundo, num trabalho realizado pela
investigadora Inês Correia, que tem direcionado os seus estudos para os códigos
do Mosteiro do Lorvão.
Preservar a herança documental da humanidade
O programa Memória do Mundo,
iniciado em 1992, tem como objetivo preservar a herança documental da
humanidade e inclui aproximadamente 350 documentos e arquivos de todos os
países do Mundo.
Portugal tem agora sete representações, contando com o Tratado de Tordesilhas, a Carta de Pêro Vaz de Caminha sobre a descoberta do Brasil, o Corpo Cronológico, colecção que reúne mais de 80 mil documentos dos séculos XV e XVI, e o Arquivo dos Dembos, correspondência de finais do século XVII a inícios do século XX, entre autoridades locais africanas, da região dos Dembos, no Norte de Angola, e autoridades coloniais portuguesas.
Portugal tem agora sete representações, contando com o Tratado de Tordesilhas, a Carta de Pêro Vaz de Caminha sobre a descoberta do Brasil, o Corpo Cronológico, colecção que reúne mais de 80 mil documentos dos séculos XV e XVI, e o Arquivo dos Dembos, correspondência de finais do século XVII a inícios do século XX, entre autoridades locais africanas, da região dos Dembos, no Norte de Angola, e autoridades coloniais portuguesas.
Os relatórios da primeira
travessia aérea do Atlântico Sul e o roteiro da primeira viagem de Vasco da
Gama à Índia constituem as outras duas representações portuguesas no programa
Memória do Mundo da UNESCO.
Fonte Lusa
Fonte Lusa