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Riba de Baixo e Soito concretizaram sonho de há 15 anos


  Foi há cerca de 20 anos que as pequenas comunidades de Riba de Baixo e Soito, da freguesia de Penacova, não muito longe das margens do Mondego, iniciaram as démarches para implantar a sede da sua colectividade (Associação Desportiva, Cultural e Recreativa), com vista a reunir os sócios, amigos e população em geral, para que, unidos, se pudesse concretizar outros sonhos. Porém, a partir do passado sábado, dia 24, a realidade foi posta a nu e a inauguração aconteceu, com muita festa, onde a população local deu graças ao seu entusiasmo por ver, finalmente, a casa de todos, de portas abertas e pronta. E como arriscaria a dizer o vice-presidente da direcção, Paulo Dias, «hoje é o dia mais importante desta instituição, a seguir ao da sua fundação, em 12 de Junho de 1993».

O edifício é constituído por dois pisos, rés-do-chão, onde funciona o bar e cozinha e o 1.º andar foi escolhido para salão de festas. É uma obra que rondando os 200 mil euros, inciou-se há cerca de 15 anos, e concretizou-se graças à carolice de muitos, com os seus donativos e outras colaborações, fosse em materiais, fosse em mão-de -obra.

Nesta cerimónia, cuja bên­ção foi da responsabilidade do padre Laudo Correia, foi grato ver, como convidados autarcas anteriores que deram avanços ao processo, como os engenhei­ros Manuel Estácio Flórido e Maurício Teixeira Marques (hoje deputado da Nação). Presentes também o presidente da Junta de Freguesia, Vasco Viseu, o comandante dos Bombeiros e presidente da Federação, Prof. António Simões.

A gratidão não passou ao lado desta inauguração

Fita cortada pelos presidentes da direcção António Batista Simões e da Câmara Munici­pal de Penacova, Dr. Humberto Oliveira e placa descerrada, que marcará pelos tempos fora quem colaborou na obra, fez-se uma visita às instalações e pro­cedeu-se a uma sessão solene, onde não só houve discursos, mas também se homenagea­ram pessoas que muito deram à colectividade, que num acto de gratidão e reconhecimento, foi descerrada a fotografia de Augusto Martins Batista, pela neta Mariana, aproveitando o vice-presidente Paulo Dias para homenagear outros sócios fundadores, recordando-os com um minuto de silêncio. Também o presidente da direcção da colectividade não foi esquecido, pois recebeu uma placa com inscrição de reconhecimento pelo que tem feito em louvor da Associação e da comunidade, entrega feita por seus netos.


Continuando no uso da palavra, Paulo Dias aproveitou para referenciar entidades, autarquias, firmas e nomes que deram o seu contributo para aquela concretização e deu algumas explicações sobre o processo que foi desenvolvido, já «que são locais de encontro da população em geral, principalmente dos mais idosos, com mobilidade reduzida» e realçou a envolvência que todos tiveram em torno da obra, através de uma Associação que «criou, ao longo destes anos, o espírito solidário e de equipa», com os quais «fortaleceu o ego de cada um, desde os mais pequenos aos mais velhos».

Enquanto o presidente da assembleia-geral, Daniel Costa, agradecia aos que «tudo fize­ram para termos esta casa que nos engrandece», Maria do Carmo, ligada à comunidade pelo casamento, disse sentir orgulho «por esta inauguração» e agradeceu a todos que participaram «nesta alegria» e dos que sempre «acreditaram nesta obra», e deixou a nota de que agora «é preciso dar vida à casa», numa perspectiva cultural e recreativa, sendo necessário que todos estejam dispostos para que tal aconteça.

Esta obra deve-se à importância do associativismo
Depois do presidente da direcção ter pronunciado algu­mas palavras de agradecimen­to pelo gesto praticado a favor da sua pessoa e agradecer aos que colaboraram na obra, a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, deixou o seu abraço de amizade aos que estiveram envolvidos na construção e por isso vincou e deu público reconhecimento à importância do associativismo em todos os sectores da vida, particularizando o apoio que se pratica em louvor dos mais idosos, criando-lhes auto-estima. Disse que o futuro desta Associação é promissor, dada a envolvência sobretudo das mulheres, e que as autarquias estarão prontas para colaborar e apoiar.

O povo de Riba de Baixo é que deve ser reconhecido

Por seu turno, o Dr. Humberto Oliveira, sentiu-se lisonjeado por ver o nome do presidente da Câmara na placa, onde devia ter sido inscrito o nome do Povo, aquele que trabalhou, já que é obrigação dos autarcas, do poder político colaborar nestas e noutras obras. O reconhecimento deve ser para o povo de Riba de Baixo e do Soito, recordando que o processo da obra se iniciou há 14 anos, em tempos mais fáceis, quando hoje é mais difícil para outras obras que estão em andamento, já que à Câmara forma retira­das verbas que se irão reflectir nas concretizações e aspirações de alguns, mas garantiu que com a solidariedade e empenho de todos «não chegámos à meta, foi apenas o ponto de partida».
A noite foi de festa

Se a festa se iniciou às 17.30 horas, ela prolongou-se até tar­de, perante dezenas de pes­soas. A cultura e o folclore es­tiveram em evidência, com a exibição do Rancho Típico de Miro «Os Barqueiros do Mondego», seguindo-se música para baile, com os grupos «Original» e Fax+DJNUKA». 

Os corpos sociais da Associação

Numa comunidade com 250 pessoas e tendo a
Associação 160 sócios, é grato ver, na realidade, pela obra
erguida, que há ali garra e muito empenho, sobretudo
de muitos amigos. Os seus corpos sociais, que estarão em
exercício mais dois anos (mandato de três anos), são os
seguintes:
Assembleia-geral – Presidente, Daniel Costa; vice-presidente,
Fernando Alves; secretário-relator, Paulo Fernandes.
Direcção – Presidente, António Batista; vice-presidente, Paulo
Dias; tesoureiro, Paulo Costa; secretários, Silvino Costa e Luís
Simões.
Conselho fiscal – Presidente, José Batista Simões; e Linda Aurora
e Miguel Duarte.


Texto e fotos de José Travassos de Vasconcelos



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